Quem Somos
A nossa Equipe Multiprofissional que trabalha extensivamente com pessoas do Espectro do Autismo e outros Transtornos do Desenvolvimento disponibilizará os conhecimentos mais atuais sobre o assunto, para que sentimentos como confiança, otimismo e perseverança retornem e se mantenham na medida que a melhora de seu filho/a vá se concretizando.
A função do psiquiatra para a pessoa acometida pelo Transtorno do Espectro Autista
A função do psiquiatra transcende ao ponto do diagnóstico e de medicar porque algum transtorno foi identificado.
A função do psiquiatra é avaliar as capacidades e necessidades do indivíduo afetado pelo TEA, ou por qualquer outro transtorno, e a partir dessa visão panorâmica discriminar através de qual técnica aquele indivíduo tem mais chance de melhorar e quais são os profissionais experientes nessas técnicas. Para os afetados pelo TEA, a orientação familiar (incluso irmãos) é de extrema importância já que trabalhos publicados recentemente mostram que as melhoras nas crianças afetadas pelo TEA são mais significativas quando as famílias são orientadas adequadamente.
Cabe ao psiquiatra o conhecimento da psiquiatria infantil e da psicofarmacologia assim como o conhecimento de todas as áreas de trabalho que poderão favorecer o desenvolvimento (melhora clínica) daquele indivíduo que está sendo atendido.
Não há uma técnica melhor que a outra, o que existem são indicações mais precisas e mais específicas para que aquela pessoa melhore mais e mais rapidamente e profissionais mais experientes. As indicações terapêuticas e as prioridades mudam com o tempo e há necessidade da participação de alguém com uma visão bem ampla que possa orientar essa família e a pessoa (que pode ser um/a adulto/a) no percurso do tempo.
Penso que minha função final não é só diagnosticar bem, nem só medicar bem e nem orientar bem as pessoas, mas melhorar a qualidade de vida das pessoas que buscam meus recursos técnicos.
Avaliação Psicológica dos Transtornos do Espectro Autístico de Alto Funcionamento
Uma criança utiliza vários meios para aprender: através de brincadeiras, com o contato com os pais, diante das interações com os colegas, e com os professores. Se socializa, faz amizades, observa, questiona, adquire habilidades motoras e cognitivas.
Para uma criança autista, as coisas não funcionam assim. Há uma relação diferente entre o cérebro e os sentidos, e as informações nem sempre se concretizam em ganho de conhecimentos.
Para uma criança sem comprometimentos, o mundo exterior é estimulador para o aprendizado e através de suas relações com ele, ela aprende os nomes dos objetos, podendo utilizá-los de forma funcional ou simbólica nas brincadeiras. No autismo, sua interação social é prejudicada, os objetos passam a ter funções apenas sensoriais, com pouca contribuição cognitiva, simbólica e de nomeação, e aí, surgem os déficits com a linguagem.
O autismo compreende a observação de um conjunto de comportamentos agrupados em uma tríade: comprometimentos na comunicação, dificuldades de interação social e comportamentos repetitivos e estereotipados.
As avaliações neuropsicológicas portanto, abrangem a investigação:
- da memória
- das habilidades do funcionamento executivo
- das habilidades cognitivas e comunicativas
- dos comportamentos disruptivos, estereotipados ou que demandam atenção,
- da cognição social e
- da Teoria da Mente
É importante também, obter detalhadas histórias sociais, familiares, do desenvolvimento e do passado clínico e avaliar o comportamento funcional da criança em um contexto interativo.
A partir dessas intervenções, pode-se identificar o apoio acadêmico e comportamental adequado e direcionado às necessidades do paciente.
Profissional Responsável: Lícia Falci Ibraim
Intervenção Psicológica Especializada para
Tratamento de Transtornos do Espectro Autístico (TEA)
A estruturação da Intervenção Psicológica Especializada para Tratamento dos Transtornos do Espectro Autístico (TEA) leva em conta a necessidade de capacitar as pessoas envolvidas com a criança nos mais variados ambientes, tornando-os aptos a funcionarem como parceiros ativos e significativos no tratamento do Autismo, uma vez que este deve ser intensivo, abrangente e duradouro.
Intervenções
- Treinamento de Pais
Acompanhamento dos pais de modo a prover informação e ferramentas para a família lidar com os comportamentos disfuncionais da criança e aumentar o seu bem estar, uma vez que os pais precisam obter conhecimentos que os ajudem a entender as necessidades específicas de sua criança e o Autismo de forma geral.
- Acompanhamento Terapêutico Intensivo
Atividade realizada por estagiário de psicologia sob supervisão do psicólogo responsável, que permite um tempo prolongado de estimulação adequada da criança (em média 3 horas por dia).
- Intervenção com a Escola
Desenvolvimento de parceria com professores e coordenação da escola, de modo a traçar metas em conjunto e trocar informações sobre a evolução da criança, tendo em vista a sua inclusão escolar acadêmica e social. Para tal são realizadas visitas freqüentes do psicólogo à escola e, quando indicado, intervenções no ambiente escolar, por meio de estagiário de psicologia supervisionado. Neste contexto torna-se possível intervir de modo a facilitar a inclusão escolar da criança.
- Contato com outros profissionais envolvidos no tratamento:
Diálogo constante com o objetivo de promover uma condução interdisciplinar do caso.
- Trabalho em Equipe Multidisciplinar:
Equipe com metodologia transdisciplinar (que visa articular a compreensão do Autismo entre e para além das disciplinas especializadas) reuniões permanentes, discussão de casos, pesquisas científicas, etc.
Profissionais Responsáveis: Aline Abreu e Andrade, Lídia de Lima Prata Cruz, Lorenzo Lazentta Natale
Intervenção Fonoaudiológica Especializada no Tratamento dos Transtornos do Espectro do Autismo (TEA)
É muito comum, que nos Transtornos do Espectro do Autismo (TEA), a comunicação esteja prejudicada. A fala nem sempre aparece, algumas vezes demora muito a surgir, ou mesmo, quando a criança consegue falar, as verbalizações podem ser desprovidas de funcionalidade, ou seja, a criança fala, mas não tem intenção em comunicar com o outro.
Constantemente, acontece também da criança querer se expressar e não conseguir fazer-se entender. Isso se torna muito frustrante para ela, podendo ocorrer episódios de agressividade com o outro, auto agressividade, birras, ou até a desistência da comunicação.
Para evitar as angústias causadas pelas falhas comunicativas, é necessário intervir o quanto antes nesse aspecto.
O trabalho a ser realizado com a criança que apresenta Transtorno do Espectro do Autismo deve ser baseado no desenvolvimento da habilidade pragmática da linguagem. À medida que a criança desenvolve essa habilidade, aumenta a intenção em comunicar-se e vai sendo oferecido a ela estratégias, sejam elas verbais ou não, para que a criança consiga expressar seus desejos e necessidades de forma que o outro a entenda.
Ao longo do tratamento, é imprescindível o engajamento da família e dos profissionais da escola, uma vez que estas pessoas têm um papel fundamental na generalização daquilo que a criança aprendeu na terapia fonoaudiológica. É com o apoio delas que a criança conseguirá iniciar a comunicação nos demais ambientes em que convive.
É importante também, que a equipe que trabalha com a criança esteja em constante troca de informações, pois apenas com um trabalho multidisciplinar, pode-se observar, com maior rapidez, a evolução do tratamento.
E é isso que nossa equipe oferece a você: um trabalho multidisciplinar, que com o envolvimento da família e da escola, possibilita à criança com Transtorno do Espectro do Autismo, se relacionar adequadamente com o meio em que vive.
Profissional Responsável: Patrícia Reis Ferreira